Centenas de crianças do 1.º ciclo têm visitado, nas últimas duas semanas, a exposição “O Livro do Apocalipse Regressa a Lorvão”, patente até 18 de maio no Centro Interpretativo do Mosteiro de Lorvão, participando em oficinas criativas que procuram aproximar os mais jovens da história, do património e da arte românica portuguesa.
A iniciativa integra a vasta programação cultural promovida pelo Município de Penacova para assinalar o regresso temporário ao Mosteiro do Apocalipse de Lorvão — manuscrito do século XII e obra-prima da iluminura nacional, inscrita no registo Memória do Mundo da UNESCO desde 2015.
As visitas escolares incluem percursos guiados pelo centro interpretativo e culminam na exploração da sala onde se encontra exposto o manuscrito original, produzido no scriptorium do próprio mosteiro em 1189. Paralelamente, os alunos são desafiados a participar em oficinas criativas, onde recriam elementos visuais da obra utilizando as quatro cores originais das iluminuras do Apocalipse: o encarnado, o amarelo, o azul e o negro.
Além de fomentar o contacto com um dos mais relevantes documentos medievais portugueses, esta atividade pretende sensibilizar as novas gerações para a importância do património local e para a valorização da memória histórica do concelho.
Para o presidente da Câmara Municipal de Penacova, Álvaro Coimbra, esta iniciativa "é um investimento na educação e na consciência cultural dos mais novos, que têm aqui a oportunidade única de contactar diretamente com uma peça valiosíssima da nossa história". O autarca sublinha que “ver as crianças a participar ativamente, a aprender e a criar, neste espaço carregado de significado, é talvez o maior legado que esta exposição nos pode deixar”.
A mostra “O Livro do Apocalipse Regressa a Lorvão” termina no próximo sábado, dia 18 de maio, coincidindo com as comemorações do Dia Internacional dos Museus. Até lá, a entrada é livre.