Concelho de Penacova caracterizado pela beleza natural do território

Natureza - Respirar o ar puro da serra e do rio

O concelho pode orgulhar-se da beleza natural do território por onde se expandem as suas 11 freguesias e as suas marcas históricas.

Escreveu um dia o poeta Vitorino Nemésio que “Penacova vale verdadeiramente pela sua romântica situação, debruçada (…) sobre um dos mais selváticos trechos do Mondego…”. Quem se perder pelo concelho pode verificar que o poeta tinha razão. Penacova pode orgulhar-se da beleza natural do território por onde se expandem as suas 11 freguesias e as suas marcas históricas.Para a conhecer é preciso chegar e perder-se entre vales, respirar o ar puro da serra e do rio, deixar o verde da paisagem invadir os sentidos. É assim Penacova, terra de rios e ribeiras, miradouros e penedos, de moinhos e azenhas, de vento e água.

Em Lorvão, vila do concelho, ergue-se o mosteiro. Este está entre os mais antigos da Europa, já que a sua fundação remonta a meados do século sexto, de acordo com as memórias relatadas pelos cronistas monásticos, e é, desde 1910, monumento nacional.

No concelho, muitos são os artesãos, grupos etnográficos e associações locais que mantém acesas as artes e tradições mais antigas, nomeadamente, as descamisadas, a recuperação de barcos para a travessia do Mondego, o fabrico manual de palitos, a construção de réplicas da barca serrana, ou a reconstrução de azenhas e moinhos.

 É aqui, aliás, onde reside outra riqueza de Penacova: nos moinhos de vento, rodas e azenhas fazem jus às palavras de Nemésio que, David Mourão Ferreira, apelidou de incansável moleiro das palavras. Na Portela de Oliveira, o Museu do Moinho homenageia Vitorino Nemésio, que lhe dá o nome, e permite que quem o visite observe um magnífico espólio dedicado a esta arte ancestral. A tudo isto, num concelho que é simultaneamente ribeirinho e serrano, existe um património gastronómico riquíssimo, caracterizado pelos sabores únicos de mãos sábias e heranças antigas.

“Saborear” Penacova é também desfrutar os deliciosos sabores da gastronomia local. Do Mondego, chegam-nos os peixes do rio, mas é a lampreia que move milhares de apreciadores até Penacova todos os anos. Dos campos, os ingredientes para as migas e para o arroz de míscaros e de lampreia. A chanfana, prato típico da região, é também rainha na mesa de Penacova.

E, do Mosteiro de Lorvão, chegaram até aos dias de hoje doçuras únicas: beijinhos de freira, lampreia doce de Lorvão, manjar branco, papos de anjo, pastéis de Lorvão ,queijadas, súplicas...

No concelho, existe ainda uma oferta diversificada e ímpar para atividades ao ar livre devido à geografia do seu terreno. Deste modo, o visitante tem a possibilidade de descer o Mondego em kayak, percorrer a pé os caminhos da serra do Buçaco, descer as encostas de Lorvão em bicicleta ou escalar o Penedo de Castro ou a Livraria do Mondego.

De referir que o feriado municipal em Penacova assinala-se na data do seu nascimento de António José de Almeida, o único presidente da I República Portuguesa a cumprir integralmente e sem interrupções o seu mandato de quatro anos: Nasceu em Vale da Vinha, uma aldeia da freguesia de São Pedro de Alva do concelho de Penacova.